A cada viagem trazemos dentro de nós um pouco de inspiração para deixar nosso lar tão acolhedor e relaxante como certos lugares que visitamos. Não tem só a ver com decoração, mas com o clima, o astral que habita o local. Plantas, fazem muita diferença. Não aqueles jardins muito planejados, mas aqueles com uma certa desordem natural que atrai passarinhos e borboletas, joaninhas e centopéias. Os bichinhos fazem parte. Materiais rústicos também são o bicho! Um banco de tronco de coqueiro, uma luminária feita com cabaça, telhadinho de caramanchão a partir de diversos galhos e tronquinhos para mim resume todo o cenário romântico de um naufrágio cinematográfico. EU SEI que a coisa de verdade é bem cruel, mas quer saber? A arte da sobrevivência também pode ter senso estético. Se vou viver à base de cocos e água da chuva, vamos reciclar as quengas(dos cocos) e produzir um jogo de tigelas! Conchinhas furadas e galhinhos viram talheres e por aí vai... Nem vou me perder nesse assunto senão já viu, vão mandar a ambulância logo, logo! Mas sonho em recriar ambientes simples e relax para o meu dia-a-dia, porque o ócio criativo é necessário e nem sempre temos condições de escapar da rotina e pegar a estrada. Nessas horas um cantinho especial no próprio lar quebra o galho. Sem trocadilhos.
Ed balançou-se numa rede sob esse teto. Sons, só de ondas distantes e folhas de coqueiro ao vento.
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