BEM-VINDOS, TIJOLINHOS!

Vamos construir juntos esse espaço de convivência e troca de figurinhas sobre artesanato, cinema, livros, decoração, filhos, jardinagem, horticultura e tudo mais de bom que possa surgir!


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Anjo de avental


People, que saudade de todos!
Alguém que já quis ser jornalista, escritora e tals, deveria escrever diariamente! Sou um fiasco, como diria a Cíntia... O fato é que estou abarrotada de fotos legais da viagem e eventos recentes, mas estão presas no note do marido! E ainda por cima o cabo da câmera sumiu!!! Mas nada de pânico, desculpem nossos problemas técnicos, estamos trabalhando para minimizar todo o incômodo...
Já contei que minha arrumadeira de anos se aposentou, né? Pois estou com uma pessoa quebrando o galho que já me encheu de angústia: marido preso, risco de perder as filhas num doloroso processo de pedofilia, por aí. O mundo tem dessas coisas, por mais que se tente fugir delas. E já envelheci uns cinco anos no processo de "abarcar" todo o trabalho de arrumação e conservação da casa. Só lembro daquela frase: "Agora é que sinto a dor de uma saudade..." Minha ajudante fazia tudo. Não que eu obrigasse, explorasse. Era o ritmo dela. Ela também é mãe, esposa e tem uma casa, mesmo que pequena. Ela sabe fazer o tempo trabalhar a seu favor. E é alto astral, não é do tipo cara amarrada ou que fica se lamentando. Lavava, passava, cozinhava e quando meus filhos eram pequenos, já dormiu aqui em casa pra que eu e maridex pudéssemos dar uma passeadinha pra namorar. Morava longe, numa cidade-dormitório vizinha, ou seja, acordava muito cedo pra apanhar condução e muitas vezes não conseguia lugar sentado para enfrentar a longa distância. Começou a sentir dores no braço, depois nas pernas, sofria de pressão alta e no meio disso tudo perdeu a filha de 14 anos para uma leucemia. Ela nesse períodos mais "brabos" da vida fez umas pausas no trabalho. Eu respeitei seu luto, suas dores e cansaço e me virei como pude. Ela sempre voltava, porque precisava pagar suas contas e acredito que também pela necessidade de conviver com um mundo um pouco menos sofrido que o dela. Seu primeiro marido era alcoólatra, não ajudava nas prestações da casa e ameaçava o filho mais velho. Ela então dividiu a casa em que moravam em duas para poder ter mais tranquilidade num espaço dela e dos filhos. Chegou a morar em outro bairro, mas aí foi ele que adoeceu de saudade e depois de um câncer que o levou em pouco tempo. E ela ficou com ele até o fim. Ela já anunciava que ia encerrar suas atividades, mas sempre tinha um dia pra salvar a mim, um de meus irmãos ou minha mãe do sufoco. Aí vieram os miomas e não deu mais, ela começou a sangrar direto e precisou fazer uma cirurgia de emergência que a deixou de molho por um bom tempo. Aí, c'est fini, já era e hoje ela já tem um novo marido e cuida só da casinha dela, o que é bem merecido... mas ficaram nós, os órfãos de sua agilidade e maestria em deixar apresentável e cheirosa uma casa de 3 quartos e 4 banheiros com 2 adultos e 2 adolescentes fazendo e acontecendo. Hoje vou me virando, tentando obter mais colaboração dos filhos e marido no processo, mas foi um período muito longo de mordomia... O negócio é ter fé e torcer pra saúde dar conta do rojão!
A você, Marlene, nosso anjo na terra por tantos preciosos anos, por sua tranquilidade, seu sorriso e suas palavras carinhosas, nosso MUITO OBRIGADO.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Capítulo aleatório: A roça!

Oi, pessoal! Estou de volta de minhas férias e trago comigo boas lembranças, que faço questão de compartilhar com vocês... Tudo muito singelo, mas que me fez muito bem, renovando minhas baterias! Neste primeiro capítulo mostro imagens da roça do cunhado, cantinho verde e sossegado onde pousamos e fomos muito bem acomodados, recebendo tratamento 5 estrelas! Isso na roça significa: cama, comida, bebida, banheiro e prosa boa!
Umbuzeiro carregado, os frutos ainda verdes. Falam que é árvore que não se planta, demora a crescer e desenvolver, mas vive muito tempo e é podada naturalmente pelas cabras.

Mais pertinho, o umbu. Isso maduro dá um suco delicioso, do jeito que a Jussara do blog Palavras Vagabundas gosta.

Três estágios de laranja. As laranjas de lá são resultado de uns cruzamentos com limão e tangerina, o que lhes confere um sabor todo especial, um cítrico diferente.

Florzinha brejeira do mato.

Licuri, na linguagem local. Nunca comi dessas, mas soube que são deveras apreciadas por aqui... Maridex fala que era a "guloseima de menino pobre", que se refestelava quebrando e comendo os coquinhos. Nesse momento haviam dezenas de "sanharós" voando em volta desse cacho. Quer ficar doida é ter uma abelhinha dessas enroscadas no seu cabelo!

Esqueci o tipo dessa manga, iguaria plantada com devoção pelo cunhado.

A flor do maracujá é um espetáculo à parte...

Quiabento, planta espinhosa muito usada para reforçar as cercas, de forma a dispensar o arame farpado. O nome deve ser por causa do leite grudento que ele guarda.

Flores e frutinhos de romã, um show de cor!

Ata, pinha, fruta-do-conde... Interior da Bahia é pinha. Essa aí precisa amadurecer ainda.

Essa não vingou, endureceu e caiu. Quando criança eu brincava com elas, chegando a pintá-las e pendurando num galho seco que era nossa árvore de natal na época.

As siriguelas também estavam verdes... Se não fosse assim, eu não teria saído desse pé!

O tronco do pé de siriguela é altamente irregular, perfeito para improvisar "cadeirinhas" nos galhos mais confortáveis!

Mimo do céu enroscado na cerca.

Buganvília em meio a uma touceira...

Uma colmeia king size de "inxus", espécie de vespa danada que se aproveitou da ausência prolongada dos donos do sítio para se instalar dentro de um depósito de materiais...

Por fim, o cunhado provando do fruto da terra (coco verde ao natural). Agradeço de coração a estadia e em breve postarei novas imagens dos momentos mais marcantes da viagem.

Beijos a todos!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Play the game!

Estou em férias no interior da Bahia. Revendo família do marido, comendo acarajé, bode e palma, tomando suco de umbu, passeando pela Chapada Diamantina e curtindo os dias frios, os dias frescos e os dias quentes. Pros dias frios, vinho. Pros dias frescos, uma cervejinha. Pros dias quentes, nada melhor que lavar roupa no tanque! Refresca até a alma... No reveillon, sempre tem o "amigo sacana". Explico: a família é muuuito grande e nunca teve condições de comemorar natal no estilo comercial de dantes, de forma que ainda hoje a data(que também é aniversário da sogra) só é festejada dia 25 com a reunião dos familiares(originalmente 12 filhos) em um almoço ou jantar. Nada de árvore, papai noel ou afins. O ano novo já era a ocasião de agitar mais e como a grana sempre foi curta, optou-se pela brincadeira de trocar presentes "sacanas", o também conhecido "amigo da onça"! Mesmo com a ausência de alguns sempre se lota a casa maior e a bagunça é grande. A troca de presentes "criativos" gera muitas risadas e quase sempre rola um banho de piscina no final. O bom é que o clube mais chique da cidade fica do lado e a queima de fogos fica 0800, rs. Infelizmente não posso postar fotos por dificuldades técnicas, mas tenho me divertido dando umas repaginadas na decoração daqui e fazendo manutenção onde encontro oportunidade... Não consigo ficar parada e onde sinto que necessita um pouquinho de tinta, agulha ou cola quente vou me "inserindo". Agora mesmo creio que vou dar uma recauchutada nuns porta-retratos danificados que ficaram no fundo de uma gaveta! Amanhã iremos pra roça(como aqui chamam os sítios) de um cunhado, onde será oferecida uma feijoada. Provavelmente dormiremos lá, que é bem pequeno(a casa, o sítio é espaçoso) então já se está providenciando colchões infláveis e barracas, pois vai bastante gente. Eu dessa vez trouxe uma rede, mas por aqui o povo não é muito de instalar armadores nas casas, de forma que espero contar com as árvores para curtir uma preguicinha depois do almoço... Ah, para não ficar sem postar nenhuma imagem, vou mostrar o que me empolgou à beça por várias noites (e madrugadas) :

Diversão garantida!

Até breve, seja ainda na estrada ou já de volta à nave mãe!

Beijos