BEM-VINDOS, TIJOLINHOS!

Vamos construir juntos esse espaço de convivência e troca de figurinhas sobre artesanato, cinema, livros, decoração, filhos, jardinagem, horticultura e tudo mais de bom que possa surgir!


sábado, 30 de janeiro de 2010

Mais do dia dois

Ok, atrasos nos relatos... a preguiça está grande, além do fato de eu ter postado a maioria das fotos no orkut. Mas tudo bem, mesmo derretendo com o calor que está fazendo vou continuar minha saga, pois chega de começar e não terminar, tô fora...
A foto acima é do filhote da noite do dia dois, o do zoo. Após aquela empreitada, passamos no Carrefour e compramos água, duas latonas de QUILMES e uma caixinha de alfajores, muito bons, por sinal. Enquanto relaxávamos no friozinho do hotel, o maridão foi à caça de um adaptador de três pinos para podermos carregar câmera e filmadora. Ele chegou com o adaptador e a notícia que todos os shows de tango estavam esgotados(os mais famosos). Parece que um navio aportou lotado de brasileiros ávidos pelo supra-sumo da cultura portenha e só nos restou procurar pelos genéricos... Quando saímos à noite para pesquisar, achamos meio caro e eu ainda duvidava se as crianças curtiriam esse tipo de espetáculo. Acabamos comprando umas empanadas (parecem mini-calzones) quentinhas, pra acalmar minha frustração. Andamos mais um pouco pros lados da Calle Florida (point de compras) e conferimos um outro restaurante com tango famoso de lá (caríssimo tb). Acabamos indo jantar no Paseo La Plaza, um mix de shopping e centro cultural, com vários restaurantes, barzinhos e teatros voltados para o humor stand-up (estilo Seinfeld ou localmente falando, Iran Delmar). Logo na entrada, os artistas vão distribuindo flyers anunciando as atrações da noite. No fim do primeiro corredor, começamos a ouvir música brasileira, vinda de uma loja de cds... Mais adiante, o local se abre em diversos níveis, com jardins agradáveis, passarelas e lojinhas interessantes, de bom gosto.


Essa imagem do google é diurna, na realidade fomos à noite. Parede querida, desculpe, sei que você é brasileira, tijolinho furado ou adobão, não importa, o fato é que eu devia ter nascido argentina, natural de Buenos Aires... Gente, tem teatro demais por lá! A amiga Adri que já foi duas vezes, falou de brechós especializados em figurinos de época, uma coisa! Ai, ai, ai, voltando à realidade de relatora de curta viagem: jantamos muito bem num restô muito agradável, ao ar livre. Pedimos dois tipos de carne, com molhos variados. A grande surpresa foi a cestinha de pães... Como lá não rola arroz nem feijão e já estávamos porraqui de papas fritas, às vezes arriscávamos provar um pãozinho enquanto o rango não chegava, pão esse geralmente frio e duro, com uma manteiguinha ou requeijão. Pois o pão de lá, que chegou e nem liguei na hora, quando "relei" a mão na cestinha, senti a quenturinha... Resolvi pegar, senti a textura macia, meio quebradiça, de pãozinho fresco. Provei, puro. UMA DELÍCIA! Aí vi o patê que acompanhava: uma ricota molhadinha, com ervas... Resultado: DEVORAMOS tudo e pedimos mais. Na hora que as carnes chegaram, era um tal de molhar o pão no molho da carne, rechear o pão com carne, favela total. A-mei. Di-lícia! E com uma boa garrafa de Cabernet Sauvignon, (que acertamos em cheio, estava uma beleza) a noite ficou completa e mandei o tango às favas... Ao fundo se ouvia Beatles de um barzinho bacana cuja programação daquela noite era de covers da banda de Liverpool. dei uma passeada solitária para conferir enquanto esperávamos a conta e fiquei me imaginando na night de lá, com tantas opções maravilhosas (Meu Deus, iluminai-me para que eu fique independente). Passamos numa lojinha que vendia reproduções de fotos clássicas e deparamos com a da Mafalda, muito fofa, igualzinha à Ceci de manhã cedo:


Ela resolveu levar, e eu, um ímã da Frida Kahlo, que não é argentina e sim mexicana... Saímos satisfeitos e Di resolveu tomar uma casquinha no Mac Donald's. Eu e Dani também. Outra gostosa surpresa: a casquinha mista de lá NÃO é de baunilha e chocolate... e sim de baunilha e DOCE DE LEITE! Pense num negócio bão... Ceci não quis e ficou de bobeira na mesa com seu pacote. Depois que estávamos quase no hotel, ela olha pra mim estarrecida e pergunta pela gravura da Mafalda. Eu mandei Diorgens correr com ela pra ver se recuperava. Resultado? Lugar mais limpo... Ela voltou arrasada, e fomos consolá-la dizendo que lá era a terra da dita cuja, compraríamos outra, o que acabou não rolando. Vou comprar cartuchos novos pra impressora e darei um jeito. Bichinha...
Em breve, mais relatos!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CALOR ANIMAL!

Segundo dia, sábado. Devidamente equipados com roupas leves, tênis, câmera e filmadora, saímos para a estação do subte (metrô) da Av. Corrientes, rumo ao zoológico. Recomendado pelo guia e por amigos, a atração soou como ideal para entreter nossos adolescentes... Atravessando a Av. 9 de Julio, paradinha para nos clicar com o obelisco, cartão postal que simboliza o local onde foi hasteada pela primeira vez a bandeira da Argentina.
Pegamos a linha D com destino à Plaza Italia. Acabamos não conhecendo a famosa linha A, a mais antiga da América do Sul. Fica para a próxima. É um transporte bem rápido e fico me perguntando se meus netos um dia usufruirão em Fortaleza desta obra sem fim...


Propaganda no subte. Engraçadinha...


O zoo é bem grande e arborizado. Algumas espécies circulam livremente por lá como as que se vê na foto: atrás junto do pato vemos a mara patagonica, misto de lebre, canguru e veado; na frente do Dani temos o coipo myocastor, por aqui conhecido como ratão do banhado. Não deixa de ser um ratão, apesar de parente do castor. Me dava uma agonia...



O zoo de B.A. tem muitas espécies de bichos que não vemos normalmente no Brasil, talvez só nos circos. Ele tem um aquário com pinguins, uma gruta com um urso polar, um tanque com lobos marinhos (focas), suricatos, elefantes, girafas, rinocerontes, hipopótamos, reptiliário com cobras e lagartos, babuínos, leões e outros felinos exóticos. Por conta do calor e do horário infame que fomos, quase meio-dia, muitos bichos estavam dormindo na sombra de suas tocas, meio prostrados. Por lá se vendia baldinhos com alimentos para oferecer aos animais, e esses aí eram os mais afoitos, não saíam de perto da grade. Bem mansinhos, os cervos comiam na mão dos visitantes...


Na Floresta Subtropical, prédio que abrigava um museu de insetos (todos mortos), encontramos também um cenário meio Indiana Jones, com pontes suspensas e grutas com morcegos, nichos com aranhas e sapos. Uma cachoeira de mentira tornava o ambiente úmido e abafado, um pouco menos causticante que o exterior.

Foi um passeio bem cansativo, por conta de um cine 3-D que fazia parte de nosso pacote e que acabamos nem assistindo... As sessões aconteciam de uma em uma hora, e sempre nos atrasávamos e a sessão lotava. Nessa história, ficávamos indo e vindo pelo enorme zoológico tentando chegar a tempo, para ao final de mais uma tentativa lograda a atendente, ao vislumbrar o tamanho dos meninos, disse que a atração era mais apropriada a criancinhas pequenas... Se soubéssemos disso logo na entrada, teríamos dispensado e comprado ingresso para o show didático com os lobos marinhos (brincadeiras dos treinadores com as focas), muito mais interessante e refrescante, com possibilidade da água respingar na gente... Mas não deixamos de ver as bichinhas nadando, muito satisfeitas da vida.


Por lá almoçamos fast-food e esgotamos nossas energias... Voltamos ansiosos pelo ar condicionado do hotel, Buenos Aires em Janeiro é um forno, gente! Até breve com o próximo capítulo...


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

La partida


Saímos de Fortaleza pela manhã, de café tomado em casa. Me preocupei principalmente em estar mais ou menos elegante, para não contrastar com as portenhas... Fiz Ceci calçar suas sapatilhas mais femininas e fiquei munida de casaco e cachecol, pensando no frio do avião. Sabia que em B. A. o calor estaria forte, mas me confiei nos ambientes refrigerados na chegada. E lá fomos nós...


Descolei esta simpática caroneira de ombro, misto de Danda e Lívia. Comissárias de bordo um pouco impacientes, avião lotado... Comemos nossas bolachinhas e cookies com suco e caímos no sono para fazer a digestão (eu, pra esquecer das turbulências).
Aeroporto lotado em Sampa na conexão, daí tivemos que pegar ônibus pra chegar ao terminal para o almoço antes do novo embarque.


Pensamos que o tempo seria mais longo, mas foi só a conta pedirmos e engolirmos a refeição antes de embarcarmos para a Argentina. Ao menos não precisamos andar com as malas, que foram automaticamente enviadas para a aeronave seguinte.

A idéia das sapatilhas para Ceci não foi tão boa, ela sofreu com frio nos pés a viagem toda! Certo momento já não encontrava posição pra dormir... Ao menos no caminho pra B.A. rolou um sanduichinho pra aplacar a fome. Engatei a leitura do SÍMBOLO PERDIDO, alternando com cruzadas e a revista de bordo.

Na chegada, uma pressa tremenda, não me lembro por quê. A lembrança mais nítida foi um outdoor imenso na saída do Aeroporto de Ezeiza d'O FANTASMA DA ÓPERA! Fiquei dando gritinhos de entusiasmo. Estava prestes a deixar de comprar qualquer souvenir ou fazer dieta pra poder comprar um ingresso...

No caminho do Aeroporto de Ezeiza para a capital Buenos Aires, me encantei com a fachada impressionante de um templo mórmom e com o topo de uma sinagoga, apertada entre prédios... Essa última não encontrei imagens pra mostrar. O templo tive que catar no google, pois o taxista caladão ia a 130 km por hora na via expressa. Ainda paramos em três pedágios antes de chegarmos ao nosso destino.


Por fim, depois de nos acomodarmos no Hotel Ibis (que apesar de agradável e novinho não dispõe de frigobar), de tão cansados que estávamos, optamos por jantar (bife de chorizo, papas fritas e pizza de calabresa) e ir dormir. Não sem antes tomar uma geladinha portenha...


Cecília não gostou da mussarela argentina... A QUILMES não estava geladíssima mas deu pra relaxar um pouquinho e preparar o ânimo para o dia seguinte.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Volver


De volta de Buenos Aires. Muitas experiências a compartilhar, muitas saudades da terrinha e quilos a perder... Em breve darei início aos relatos da viagem em doses homeopáticas (para evitar textos grandes e tediosos). Adianto que foi muito bom, apesar do calor e da inexperiência no trato com a língua e com os nativos, rs. Muita riqueza cultural, charme e CARNE! Só faltou um arrozinho, um feijãozinho, uma farofinha(falo pelos filhos adolescentes)... Aguardem demais detalhes, muchachos!
Besos