BEM-VINDOS, TIJOLINHOS!

Vamos construir juntos esse espaço de convivência e troca de figurinhas sobre artesanato, cinema, livros, decoração, filhos, jardinagem, horticultura e tudo mais de bom que possa surgir!


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ônibus, barco, trem e telmo!



O terceiro dia era para descansar da correria do anterior. Ônibus na porta do hotel, pacote comprado na véspera. Depois soube que tudo podia ser feito via hotel: reserva de restaurante, de confeitaria, de show, de tudo. O passeio incluía city tour by bus, catamarã pelo rio Tigre, trem até San Isidro e a volta até o Obelisco. Nossa guia, jovem e simpática, NÃO FALAVA PORTUGUÊS, só inglês e espanhol, É FISK! Tudo bem, pensei. Mas ficava com aquele complexo de perseguição por ser brasileira... Passamos por outros hotéis apanhando mais gente para o passeio. Muitos gaúchos, percebia-se pelas térmicas com chimarrão.



Ainda paramos próximo à flor de Palermo para uma convenção de ônibus de turismo, alguma esquema organizacional deles. A guia apontava locais, monumentos, conversava sobre a história do lugar, brincava um pouco como de é praxe entre os guias.


Os filhotes absorveram lindamente as informações históricas...

Chegando à cidade de Tigre, embarcamos num catamarã de dois andares e pudemos apreciar a paisagem da cidade de veraneio, repleta de residências estilosas e clubes, todos voltados para a prática de esportes aquáticos.


Meus meninos e a guia Yanina.

Por lá o forte também era o Parque de la Costa, parque de diversões na beira do rio e LOTADO. Domingão, o que se podia querer? Nesse nem pisamos, estava fora do pacote. E eu nem sonhava em enfrentar filas naquele calor...



Próxima etapa, o trem. Grande decepção. Tinha ouvido falar em passeio histórico, algo assim. Vimos somente os fundos das casas dos veranistas, muito mato e nada de explicações de nossa guia... Enfim, ao menos éramos levados, não andávamos.


Trem melhor que o de Maracanaú, claro. Chegada, San Isidro. Estação bonitinha, estilo meio alemão. Lojinhas, restaurantes, nada especial.


A guia falou em meia hora até a partida. Nos preocupamos em comer, e rápido. Acabamos traçando hambúrgueres de llomito (filé) e gaseosas, morrendo de medo de nos atrasarmos e perdermos o ônibus. Foi aí que entrou a ignorância de castellano... A guia havia mencionado uma catedral, mas não absorvi as demais informações: defronte à estação em que estávamos nos entupindo de pão e carne, rolava uma feirinha de antiguidades e, escondida atrás de densa vegetação, havia uma bela catedral, na subida de um morro. Podia ter deixado o rango pra lá e ter ido explorar isso...


Ainda subi às pressas e dei uma vislumbrada no local, com barraquinhas com artesanato em pedra, porcelanas centenárias e outras preciosidades. Danada com a buzina do ônibus, me conformei e partimos de volta ao que pensei que seria o hotel, mas nos deixaram somente no Obelisco, a uns dois quarteirões. O tempo fechou e veio a chuva, pra completar. Nos abrigamos no MacDonald's e tomamos sorvete enquanto o temporal troava. Após um breve descanso no hotel, partimos só eu e Di para um rolé nas proximidades. Os famosos cartões postais: Casa Rosada, Plaza de Mayo, Café Tortoni...


Después nos arrumamos para a ida a San Telmo, local famoso pela feira de antiguidades e pela boemia. A falta de entusiasmo da filha adolescente levou a um atraso fatal que impossibilitou a visita à feira, que se encerrou antes que chegássemos.

Imagem do Google, do que perdemos...

Nos restou contemplar os frequentadores dançando tango na praça, mas sem salamaleques ou arroubos sensuais: o tango de raiz, poderia-se dizer. Aquele ambiente noir velha-guarda, mesclado com jovens hippies embebedando-se (a tchurma lá curte sair com garrafonas de cerveja, vinho ou refri e se instalar nos points, nada charmoso). A pergunta soa: "Onde comer?" Nos viramos pro primeiro lugar próximo à praça, por fora até atraente, mas meio derrubado por dentro. Já enjoada de tanta carne, arrisquei um ravióli de salmão com molho de mariscos, que estava uma delícia(pena a porção minúscula). Por lá experimentamos também as muriçocas portenhas, bem famintas... Caminhamos um pouco atrás de um táxi e deixamos a meninada no hotel para dar mais um rolé na night sem olhares de tédio e reclamações.

Cervejinha e bate-papo antes de cair na cama...

Até a próxima, hermanos!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pendências e tendências

Eu e Suzan na farra pós-festa... a melhor hora, kkkkkkkkk!

Fato: ainda faltam 3 dias de relatos sobre a viagem a B.A. a fazer. Mais fatos: estive bastante envolvida em assuntos familiares/decorativos que me impediram de completar minha primeira missão a contento. Poderia ter resumido tudo num post curto, mas... não sou boa em resumir, gosto de me estender... de detalhar. Detalhes fazem muita diferença pra mim. Por isso mesmo, por essa falta de foco, por diversas vezes me perco na maionese caótica que é aquilo que planejo X aquilo que realizo. Mas foram dias bem ativos, muita criatividade à solta, muita cor, sugestões, encantamento, convivas, bolos, salgados, flores, balões, arroz jogado, velas sopradas, papéis de embrulho, champagne, votos, atrasos, sorrisos, beijos, abraços, idas ao aeroporto, murais de fotos, câmeras amadores, discursos, violino, lágrimas, comilança, velas, máscaras, vídeos, parentes, aderentes e muito, muito calor! No meio disso tudo, ser multimulher é cansativo, complicado e às vezes satisfatório. Mas não sou do tipo de ficar me gabando: "Hoje já fiz isso, aquilo e mais um zilhão de coisas." Não. Gosto de calma. Aprecio o trabalho entremeado de pausas, de reflexões. Não gosto de ser a faz-tudo. Não acho saudável para com os outros. Todos têm de aprender a cuidar de si mesmos, buscar cada um sua fortaleza interior, sua capacidade de lidar com diversas situações. Criar dependentes não é bom. Deve-se estimular a parceria, a colaboração, a ousadia. Claro que alguns têm talentos que são apreciados e requisitados pelos demais. Para esses, minhas palmas entusiasmadas. Posso nunca chegar a ser expert naquilo que fazem, mas procurarei estar antenada e testar meu potencial para tanto. Faz parte da vida, aprender. Gosto de me doar naquilo que sei, mas também gostaria de usufruir daquilo que muitos "travam" dentro de si e não liberam aos demais, por hábito. "Não tenho jeito pra isso, você faz melhor" é a frase mais comum de quem não quer se dar ao trabalho nem se arrisca. Vamos nos arriscar em 2010? Nos doar em nossos talentos ocultos? Botar a mão na massa do inusitado, exercitar o lado do cérebro empoeirado? Boa sorte a todos nós...