Eu e a Parede
A Parede e eu.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
De volta?
Ausente por um ano! E agora, como nos reaproximamos, senhor blog? Acostumada com a leveza e praticidade do tablet e do celular, que não me permitem blogar com imagens nem bom humor, optei por dar um tempo nas postagens.
Filho já voltou do intercâmbio, filha já no segundo semestre da facul e a cozinha(ela, ainda)na espera da grande reforma em 2016(marido prometeu).
Cabelos brancos a mais, ruguinhas e manchas de sol no rosto estão coroando meus quase 46 anos. Precisando perder peso e recuperar a saúde abalada por uma dieta vegetariana sem acompanhamento nutricional. Tive anemia braba e passei a tomar contraceptivos para ter a mínima perda de ferro possível.Eu e a filha resolvemos praticar zumba em casa e nos alimentarmos melhor.
Agora ando maníaca por vídeos de receitas no youtube e tenho me divertido bastante com a variedade do que encontro.
Somos guardiões de mais um gato, que apareceu por aqui, filhote, em uma noite chuvosa. Devido a incompatibilidades com os outros dois adultos daqui, ele hoje mora no sítio, feliz da vida com seu alimentador automático e toda a fauna nativa que por lá habita.
Por hoje é só. Aos poucos vamos botando os papos em dia.Beijocas!
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Asas
Hoje estou escrevendo do quarto do primogênito. Aqui estão boa parte de suas roupas, sua cama, seu teclado, estante, livros e parafernálias eletrônicas. Pois bem, ele deu uma voadinha pro hemisfério norte e só volta daqui a um ano. Estudos. Todos dizem que vai voltar mais maduro, e eu acredito. Tento me lembrar quando tinha 21 e dos meus sonhos. Sempre sonhei muito, com muita coisa. Mudava o enredo do sonho conforme eu crescia e criava novas referências. Meus pais me deram um leque de oportunidades razoável, e tive condições para realizar diferentes projetos, nada me foi exatamente negado. Algumas coisas que eu sugeria fazer recebiam críticas e eu me deixava abalar por muito pouco. Creio que de todas as paixões que tive, em nenhuma eu mesma botei fé que daria certo. Sempre prestes a desmoronar na primeira falta de apoio, na primeira troça que faziam. Ou seja, sempre tive asas, mas nunca me atrevi a voar de verdade. Tenho medo de altura, sinto vertigens nas subidas e descidas de brinquedos de parques de diversões. Não sinto prazer com essa adrenalina do perigo, não desse tipo. Amo caminhadas tranquilas, gosto de descobrir os mistérios devagar, reconhecendo a área e buscando uma zona de conforto. Lembrei da personagem de Little Women, Beth, perguntando a Jo:"Porque todos têm que ir embora?" O pai, para a guerra; Amy,estudar artes na Europa; a própria Jo, que partiu para a cidade grande tentar a carreira de escritora, enquanto Beth amava sua casa, seu jardim, suas bonecas, o aconchego do lar, da família. Era apegada aos tempos da adolescência em que todas brincavam no sótão da casa, Jo escrevia histórias que elas interpretavam, criaram até uma sociedade secreta. Sempre haverá aqueles que querem subir mais alto, enxergar o mundo de cima, visualizar as possibilidades, enquanto outros preferem sentir a grama nos pés, contemplar um horizonte mais familiar e limitado. Às vezes o receio do desconhecido vem das quedas já sofridas, oriundas de escaladas arriscadas. Puro erro de estratégia, de planejamento. Poderia haver uma nova chance de voar, se munindo de muito material de segurança, mas esse peso todo pode atrapalhar o percurso. Ser corajoso, como aqueles praticantes de slack line, que se divertem atravessando precipícios apenas com um cinto de segurança, descalços, livres de todo excesso de bagagem, material e emocional, parece ser a resposta. Voar é para os fortes, ou para quem a terra firme soa como um lastro desnecessário.
sábado, 7 de junho de 2014
A alegria de cada um
Já enfeitaram o condomínio para o São João/copa do mundo de futebol. Tenho vizinhos eufóricos com os dois eventos, os fanáticos por futebol e os dispostos a organizar um festão com grupo musical, muita comida típica e adereços... tudo em verde e amarelo.
O que me alegra a vida nesses últimos tempos tem sido reduzir coisas: a quantidade do que eu como, o tempo que eu gasto com inutilidades (discussões sem sentido, entre elas), horas passadas fora de casa, bagunça, louça suja, eventos e restaurantes barulhentos. É tudo uma questão de época, creio eu. Já vivi bastante, quase meio século, e tive meus momentos de diversão infantil e adolescente, com direito a música muito alta, exageros alimentares e alcoólicos, loucurinhas(porque nunca fui radical em nada) e hoje não tenho necessidade de excessos, só de sossego. Adoro o silêncio, a música baixinha, a conversa idem. Por isso tenho gatos, apesar de achar certos cachorros doces e simpáticos. Gatos são discretos, tranquilos, basta alimentá-los, cuidar da higiene deles e dar carinho, sem grandes alardes. Já curti muito torcer pelo Brasil em copas, já chorei muito, gritei, entrei no clima... Agora só quero um cantinho sossegado pra repousar meu corpo cansado numa rede, ouvir uma musiquinha suave, sentir a brisa, comer algo preparado com amor num cenário sem apologia a nada, verde natureza com salpicos coloridos de passarinhos, borboletas e flores.
Como se diz por aí: "A gente tem que ser feliz!" Pois sejamos, deixemos que os outros sejam, e cuidemos para não roubar a alegria de ninguém. Respeito é isso!
Melhores amigos
Não sei se é o final dos tempos, o aquecimento global ou uma pré-menopausa... só sei que viver sem ventilador e ar condicionado tem parecido impossível nesse meu Ceará. Sensação gloriosa a combinação de drops de mente extra forte sem açúcar enquanto se dirige com o ar ligado na potência 2... Tão bom como aquelas propagandas de creme dental em que se caía em câmera lenta numa piscina azulzinha! AHHHH!
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Tinta
Abrir o pote, mergulhar o pincel, deslizá-lo pela parede, passar pro rolo, o cheiro no ar, de limpeza, de renovação. No início, manchas, imperfeições, sujeira no chão, nas mãos, nas roupas. Aos poucos tudo vai tomando a forma que deveria ter: branca e imaculada, cheia de um frescor de esperança, um convite ao aconchego.
Quem ama cuida. Cuida pra não sujar, não dar mofo, não criar cupim. Cuida pra não ficar esquecido num canto, empoeirado, cheio de traças. Cuida pra não virar apenas um monumento ao abandono. Amar é perceber a importância de algo, sua razão de ser, seu objetivo. Amar a tela em branco, o recomeço, a vontade de melhorar, de buscar o que realmente importa.
Adoro cheiro de tinta fresca.
sábado, 31 de maio de 2014
A Semana
Minha semana começou com a feliz chegada do meu primogenito, que havia ido à Recife regularizar seu visto de estudante, por conta do Ciência Sem Fronteiras. Ficou hospedado no apê de familiares de um amigo, que também foi selecionado pra passar um ano estudando fora. A filha mais nova está 3envolta na crise pré ENEM, lutando para acompanhar o programa puxado dá escola nova, e fez uma aula extra de reforço nas disciplinas que tem mais dificuldade. Estou realmente adorando a lava-loucas... Achava que teria tanto trabalho quanto antes e ainda haveria um aumento considerável no c9onsumo de energia, mas pude constatar que basta se adaptar ao manuseio e pré-lavagem (algo que eu já fazia) e o preenchimento correto dá li tinha pra fazer a magia acontecer e não se aborrecer tanto com a sujeira toda e o tempo dispendido para saná-lá. Em ritmo de adaptação aos novos tempos que virão, fiz a limpeza geral dá caixa de areia dos gatos e eu realmente havia esquecido como é tão desgastante! Terei reassumir esse encargo, e já estou sofrendo por antecipação, pois meu rapaz já está com a cabeça nas nuvens com a viagem e a nova experiência a a caminho, de forma que tem faltado muito com suas obrigações domésticas, o que tem me aborrecido um pouco. Hoje à noite sairemos dá toca e embarcaremos numa festa anos 70 numá boate, evento para o qual ainda não decidi o figurino completo, indo tratar disso agora! No mais, espero conseguir uma consultoria para atualizar o blog pelo tablet com fotos, coisa que ainda não decifrar e tem me deixado com os nervos à flor dá pele. Ah, ia esquecendo:a dieta macrobiotica tem me feito muito feliz, estou experimentando novos ingredientes, sabores e receitas surpreendentes! Assim, de paladar renovado e descansada dá lida de lavar tanta louça, me despeço de todos. Boa semana!
quarta-feira, 30 de abril de 2014
I'm here!
Vez por outra entro em crise. Crise de criatividade, crise de preguiça, crise de falta de fé na humanidade, crise de má administração do meu tempo... Às vezes crise de tudo junto. Quando criei o "Eu e a Parede" supostamente seria para que eu não me frustrasse com o possível desinteresse pelas minhas reflexões de vida, através do título escolhido. Antes, existia o "Fuxicando", que não foi tão divulgado, onde eu basicamente mostrava meus crafts e só. Sinceramente, não divulguei muito o EEAP também, então não posso reclamar. A questão de tudo, a meu ver, é a falta da continuidade, a baixa frequência das postagens. Falta de vontade de escrever não é exatamente o problema, tempo creio ser o maior empecilho no momento. Quem trabalha com deadlines, dá valor ao tempo e fica com a mente sempre fervilhando, a postos para registrar um pensamento, uma imagem, uma receita, um passo a passo relevante... Faço quase tudo sob pressão, trabalho sempre no limite, seja uma decoração de festinha, o jantar de todo dia, a roupa pra passar, até a escrituração fiscal da empresa. Isso não é nada bom, eu sei. Lembro de um primo, o Filipe, que no meio de um caos que se formou com algum evento que organizei, soltou a pérola que me derrubou a moral e me deu um banho de água fria: "Minha mãe faz tudo antes!" Aconteceram certas chateações com algumas antecipações que fiz na vida, mas isso não é desculpa, não senhor. Sou desorganizada, sempre querendo melhorar mas me sentindo ilhada nessa intenção. Acostumei mal os meus e agora pago o preço do acúmulo de atribuições. Ah, e sou péssima pra delegar. Filhos adolescentes que passaram toda a vida na moleza dificilmente vão mudar, talvez só numa crise, e disso quero distância deles, bastam as minhas. Apesar que se aprende muito nas crises, talvez o fato de eu tê-los poupado de muitas delas, eles hoje não saibam se portar numa situação que exija atitudes imediatas. Mas tudo há de melhorar, não são mais crianças e caminham na sua própria velocidade, no seu tempo. A mim, cabe trabalhar o exercício do que me dá prazer, como escovar os dentes. Não me deixar abater pelas crises e continuar, persistir, seja no que for. Porque existir é preciso, e há luz no fim do túnel para quem busca o que quer.
Seguem algumas imagens de algo que já foi sonho um dia, e que já nem estava nos meus planos, mas quis o destino que com a continuidade em meus filhos, eu realizasse essa fantasia de miss, rsrsrs... Foi um início de ano maravilhoso! Que venham mais e mais realizações, não somente no departamento do lazer, mas em todos os aspectos da vida.
Beijos, até a próxima!
Assinar:
Postagens (Atom)