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sexta-feira, 12 de março de 2010

Tentar viver, sempre


O cartunista Glauco Vilas-Boas

É difícil não ficar pessimista hoje em dia. A gente evita ver noticiário pela manhã para tentar nos focar no mundo que a gente gostaria de viver, sair de casa com o coração tranquilo, a alma leve. Pois bem, tem coisas das quais não se pode fugir, como as notícias ruins. Fazendo caminhada matinal não tem como não ver as manchetes estampadas na banca de revistas no trajeto. Mais uma morte trágica, mais uma vítima dos tempos negros que vivemos. Somos cúmplices? Temos nossa cota de culpa por nos abrigarmos em nossas casas e vivermos num mundo à parte, o dos condomínios fechados? Podemos continuar esperando que esses muros, essas cercas, sejam suficientes? É tudo uma questão de tempo, de sorte? Rezamos todos os dias pelos que amamos, para que estejam em casa sãos e salvos ao final do dia. Sofremos pelas famílias de personalidades públicas ou não, nos comovemos com as circunstâncias dos crimes, nos indignamos com o descaso da justiça em nosso país...
Esta semana morreu a empresária Marcela Montenegro em minha cidade, baleada numa tentativa de assalto. Ela voltava da igreja com a mãe, era uma pessoa religiosa, evangélica praticante. Hoje pela manhã ao fim do Bom Dia Brasil, a triste notícia do assassinato do cartunista Glauco Vilas-Boas, ícone de uma geração de artistas do traço. Morreram ele e o filho, baleados por assaltantes. Soube hoje, pesquisando imagens dele no Google, que ele presidia uma igreja do Santo Daime, a Céu de Maria. Ele sempre foi muito irreverente em seus desenhos, abusando de palavrões e temas meio pervertidos, mas o dinamismo de seu estilo consagrou seu talento. Ambos abraçaram suas crenças, eram devotados e faziam trabalhos sociais.
Enfim, são perdas humanas, baixas nesta guerra entre desvalidos e viciados versus cidadãos que tentam viver seu dia a dia num mundo que reclama mudanças para continuar existindo. Quem tem filhos tem a missão de resguardá-los e torná-los resistentes à mudança dos tempos (meio contraditório). Não podemos deixá-los muito tempo no faz de conta, nem privá-los da vida como ela é... uma dádiva e ao mesmo tempo um desafio.
Que os céus iluminem as mentes de todos, que clareiem as idéias, que orientem nossos caminhos.


Um comentário:

Sherol Vinhas disse...

É Edlena, as loucuras acabam sempre sendo bem vindas hehe.
Agora falando de coisa mais séria...o que vc diz no seu post, é como eu vejo hj também. Como vc, rezo todos os dias para que os meus estejam e cheguem sã e salvos em casa, e quando paro pra pensar no mundo como esta hj, torço pra que esteja errada... "que existem mais parasitas do que pessoas".
Que deus nos proteja.
Abraços,
Sherol Vinhas